E quero mesmo....

"Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio".... Sábias palavras Rita Lee (Aliás não sei se é sua essa musica, mas é você quem canta).

Ontem fui ver uma coisa e a coisa era outra coisa. Muito alarde e pouquíssimo glamour.
Primeiro fomos comer uma feijoada com choro como sendo programação do festival de música de Londrina desse ano. Tava legalzinho, só achei falta de respeito com os alunos da oficina de choro que não tiveram apresentação, mas sim, uma canja no meio de vários eruditos dançantes e palpitantes.
Erudito é uma coisa que eu não entendo. Eles se acham tão bons e no final choram em casa por não conseguir fazer musica verdadeiramente dita, não sabem criar, reproduzem. Até aí tudo bem, cada um faz a sua escolha. Agora tem coisa mais ridícula que erudito querendo dançar? Eles querem provar a todo instante que eles não são tão tapados assim, e quanto mais eles tentam provar mais eles provam o contrário. "Mas tem gringo no samba" (palavras de Elis Regina no Fino da Bossa).
Enfim, isso não foi o fim. Final da noite, meu baixinho nervoso porque o Botafogo empatou de novo com o Flamengo e fomos pro valentino porque ia ter Bafo Quente.
Primeiro nos pediram para ir até o hotel crystal buscar os meninos do rio (é Rita Lee também?) e fomos parar no hotel Crylon. Passadas as divergências nos mandamos pro valeco. Eu realmente estava apostando todas as minhas fichas no sucesso de um samba delicioso. Tudo começou bem com o Bloco Bafo Quente. As duas primeiras músicas estavam gostosíssimas, o problema foi depois. Começou uma parada de maracatu atômico com reggae e não teve coisa mais detestável e esvazia balada do que aquilo ali. Ai que sacoooo.... queria sambar e aquela música de mano ali.
Francamente preferia ter agonizado nos gols do Fantástico.... queria ter virado índio e ficado na toca!